“Eu pedaços, partes mutiladas, uma grande máscara de mim mesma.
Cabeça presa, ideias soltas!
Por onde ando? Ando não ando.
Há um ritmo lá fora que não é meu.
O meu ritmo sai, o ritmo tá no meu corpo.
Será eu um reflexo de olhares?
Reflexos de mim para o outro, do outro para si mesmo.
Serei apenas um amontoado de sofrimentos que não aguenta o peso das próprias escolhas?
Eu pedaços... de pinos, de cicatrizes , de dentes, de espera, de impotência, de esquisitices de ausências, de homem, de homens, de mulher, de solidão, de negações, de amor.
Meu corpo, que lugar é esse que muitos reinam?
Meu corpo que te quero para minhas escolhas estranhas (ou normais).
Eu e a multidão.
Eu reflexo, eu nada, eu outro.
Eu dança, respirar fundo
Eu ferro... ferro enferrujado
Fortaleza desmoronando
Eu foto de muitos e de ninguém, só eu.
Eu só.”
(Daniele Viola)